mineração na bahia

História

Existem relatos que contam da descoberta de diamantes na Bahia desde 1842. “A ocorrência de diamantes na Serra das Aroeiras foi descoberta no mês de março de 1842 pelo padre Queiroz e, até o fim de 1842, a população tinha subido de oito para dez mil almas entre as quais havia de 1.800 a 2.000 trabalhadores de diamantes propriamente ditos”, Esse trecho foi escrito por Virgil Von Helmreichen, um mineralista, no ano de 1846.

As guerras também impulsionaram a mineração na Bahia. Durante a Segunda Guerra Mundial, todos os territórios foram acionados para produção de matérias primas para a indústria bélica. Isso valorizou as jazidas de manganês e os depósitos de quartzo de nosso estado.

A Magnesita foi criada em 1939, quando da descoberta de depósitos de magnesita em Brumado. Iniciaram as atividades industriais em 1944, em Contagem-MG, com a produção de refratários aluminosos e sílico-aluminosos, incluindo em 1948 a produção de magnesianos e cromo-magnesianos.

A reconstrução do Brasil que começou nos anos 60, indo até a década de 70, obrigou o país a incentivar ainda mais a produção mineral para reduzir as importações, especialmente de metais. E a Bahia novamente protagonizou, com a fundação da Mineração Caraíba, em Jaguarari e da Ferbasa em Campo Formoso.

Em 1969 foram iniciados os estudos de viabilidade da Mineração Caraíba, num depósito de minério de cobre descoberto em 1874 no sertão baiano.
105 anos depois, as operações iniciaram na mina à céu aberto, inicialmente chamada Caraíbas Metais. E desde 1994, opera como Mineração Caraíba S/A.

Em 1961, surgiu a Ferbasa – Cia de Ferro Ligas da Bahia, iniciando suas atividades em Campo Formoso, comandada pelo engenheiro José Corgosinho de Carvalho. 2 anos depois, iniciaram em Pojuca a operação do seu primeiro forno e em 1973 a produção de minério de cromo em Andorinha.

Graças aos minérios fornecidos pela Bahia, o Brasil saiu de importador a exportador de minérios.

A Bahia é o quarto estado em produção mineral no Brasil (ANM,2018), se destacando pela variedade de minérios disponíveis aqui. São 535 produtoras, situadas em 221 diferentes municípios, produzindo mais de 2 milhões de toneladas de 52 diferentes minérios em média por ano.

A mineração baiana gera mais de 14.800 empregos diretos e indiretos (IBGE, 2017); garantindo a renda de inúmeras famílias baianas, especialmente na região do semiárido.

Mais de 75% das compras de produtos e contratação de serviços é feita na Bahia, aquecendo a economia local.

Somente em 2018, mais de 3,2 bilhões de reais foram comercializados e mais de 939 milhões de dólares movimentados em exportações.

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