10/03/2021
Revista Mineração e Sustentabilidade
Os primeiros registros documentais de diamantes em solo baiano datam do século XIX. Em um de seus escritos, o engenheiro de minas austríaco, Virgil Von Helmreichen, durante atividade no Brasil em 1846, apontava a presença do cobiçado mineral na Serra das Aroeiras, atual bairro Piatã, em Salvador. Antes, por volta de 1818, o capitão-mor Feliz Ribeiro de Morais já havia encontrado diamantes na Serra do Gagau, conhecida como Serra do Bastião, hoje cidade de Mucugê.
Quase dois séculos depois das primeiras descobertas de pedras preciosas no maior estado do Nordeste, a Bahia passou a oferecer muito mais que diamantes. O estado se tornou referência na exploração de vários tipos de minério. De acordo com a Agência Nacional de Mineração (ANM), do solo baiano saem 52 tipos de minerais, com destaque para a produção de cromo, diamante, magnesita, talco, ferro e vanádio.
A Bahia é o quarto maior produtor mineral do país em valores totais, atrás apenas do Pará, de Minas Gerais e de Goiás. Em 2020, o estado respondeu pelo maior percentual produtivo de ouro (8,97%), cobre (9,2%) e níquel(33,37%) do país. Atualmente, é o maior produtor brasileiro de barita, bentonita, cromo, diamante, magnesita, quartzo, salgema e talco; o segundo maior produtor de níquel; e o terceiro de cobre. É, ainda, o único produtor de vanádio e urânio do Brasil.
As riquezas se estendem por grande parte dos 567.295 km² do território baiano. Dos seus 417 municípios, 221 produzem ao menos um tipo de mineral, de acordo com o Instituto Brasileiro de Mineração(Ibram). O invejável fôlego da mineração no estado pôde ser visto, inclusive, durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) no ano passado. Neste período, a Produção Mineral Baiana Comercializada (PMBC) cresceu 59,84%, gerando R$ 94 milhões de Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM), uma variação positiva de 62% na comparação com 2019.
Confira a matéria completa, que traz entrevista com diversas personalidades da mineração baiana, incluindo o presidente do Sindimiba, Paulo Misk. Clique aqui para acessar a matéria.