Mesmo na pandemia, a mineração se valoriza

Imagem: Site Revista Brasil Mineral

06/09/2020

Apesar da pandemia, no segundo trimestre de 2020 a capitalização de mercado da indústria de mineração teve um crescimento de 32%, alcançando US$ 1,393 trilhão, enquanto o Índice de Preço de Exploração chegou a 135,9, o mais alto desde março de 2013, influenciado principalmente pelo significativo peso do ouro e pela performance positiva do preço do metal nos últimos três meses.

Em contrapartida, os financiamentos para a atividade foram reduzidos em US$ 5 bilhões, chegando a US$ 7,2 bilhões. Considerando por regiões, o Canadá figura no topo da lista, com US$ 1,05 bilhão. O financiamento das majors se reduziram a cerca da metade do verificado no primeiro trimestre, enquanto para as juniors mais do que dobraram, indicando um forte mercado para os prospectores de ouro. A América Latina ficou em segundo lugar, com US$ 911,9 milhões, seguido pela Ásia, Pacífico e Oriente Médio (US$ 821,4 milhões), Austrália (US$ 818 mihões), Africa (U$$ 510,3 milhões), Europa (US$ 459,9 milhões) e  Estados Unidos (US$ 421,4 milhões).

Já os investimentos em Capex das 150 principais companhias mineradoras, com apresentaram uma redução de US$ 7,5 bilhões, com forte redução nas empresas que atuam na produção de metais base.

Já as atividades de perfuração tiveram queda de 21% no número de projetos e de 17% nos furos realizados. Um fato positivo é que as métricas ainda estão acima dos níveis registrados em 2016. No total, havia, no segundo trimestre de 2020, cerca de 400 projetos em atividade.

No que se refere a fusões e aquisições, foram observados no período 38 acordos, no valor total de US$ 4,12 bilhões, sendo que apenas o ouro respondeu por 75%, totalizando US$ 3,13 bilhões. Os destaques foram a aquisição da Alacer Gold pela SSR Mining, por US$ 1,9 bilhão, e da Tibet Julong Copper pela Zijin Mining, por US$ 453 milhões. Apenas estas duas transações representaram cerca de 41% do valor total no período.

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